"Não me compreendo nem compreendo os outros. Não sei quem sou e vou morrer. Tudo me parece inútil e agarro-me com desespero a um fio de vida, como um náufrago a um pedaço de tábua.
Nem sei o que é a vida. Chamo vida ao espanto. Chamo vida a esta saudade, a esta dor; chamo vida e morte a este cataclismo. É a imensidade e um nada que me absorve; é uma queda imensa e infinita, onde disponho de um único momento."
Raul Brandão
Húmus.
4 comentários:
Desviei o olhar... lembras-te? ...ali mesmo junto ao “coreto” novo...naquele preciso instante, lembrei-me das lágrimas que carinhosamente me limpaste com as tuas mãos... num dia que provavelmente já terás esquecido... e sorri para mim ...
Ah ! Como gosto de sentir o meu sorriso... em mim !!!
Depois... Bem depois... deixei as pessoas que amo, sem uma palavra... nem me lembrei que poderá ter sido a última vez que as vi...tantos anos a construirem-me confiança, para destruir tudo num átomo de segundo.
Como cheguei ?
Não me perguntes. Não sei.
Aliás, de concreto... nada sei.
Espera... minto.
Sei... que sou pó.
Um montinho... assim pequenininho... vês como “cabe”, aqui nas minhas mãos ?
É... o pó ( 2 letras apenas ) o nosso destino... de tudo.
Sei que o tempo levou o velho coreto…com ele talvez foram também as recordações.
Pelo novo – Ainda não passei… nem perto. Será com certeza falha minha,
Ou talvez as memórias “doces” de uns olhos que em seu tempo se desfizeram, voltaram para te trair… pela névoa de um reflexo numa tarde quente de Julho…
Senhora terás que ser, pois não me recordo de a homens ter enxugado as lágrimas, não que não o fizesse…a amigos com gosto o faria… serei eu o teu Camões ou um Zé Confundido…
Estarás por acaso na chacota e brincadeira…se assim o fizeres cá por mim continuamos…pois enquanto essa “caneta” bordar como o tem feito…cá eu te acompanho e o pó de que falas aos poucos vira tinta.
: )
...ali mesmo ao coreto "agora" novo...
Sejas quem fores já te disse que és genial e “agora” fizeste prova disso : )
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