quarta-feira, 19 de novembro de 2008

"EÇA DE QUEIRÓZ"

"Seria o seu um desses corações de fraco,
moles e flácidos, que não podiam conservar
um sentimento, e deixar fugir, escoar-se
pelas malhas lassas do tecido reles?"

"EÇA DE QUEIRÓZ - Os Maias"






sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Ontem e Hoje... Será Sempre?

Não poderia permitir que este espaço existisse sem dedicar uma postagem ao meu "Grande Mestre".
Os bons vi sempre passar
No Mundo graves tormentos;
E pera mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que, só pera mim,
Anda o Mundo concertado.
Desejo um óptimo fim-de-semana.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Nada de Especial

“Está um frio de rachar”, apesar desta frase não ser minha, mas sim um trecho de uma letra, de uma música do Rui Veloso, vou utiliza-la. Afinal está mesmo frio, acredito que ninguém me cobrará direitos de autor.
Por falar em direitos de autor, sou a favor que sejam cobrados, ah! E também sou contra a pirataria, ou não? Sou contra a pirataria, mas admito que consumo certos bens piratas, apesar de não achar isso correcto.
Hoje está cá um frio. Esta sim é minha não necessito da originalidade do Rui Veloso, ou de outro, para dizer que está um “frio do Caralho”, mas aguenta-se, também o que se lhe vai fazer. Ainda estou na “primavera da vida” por isso há que aguentar. Oh não, outra frase do Rui Veloso, acho que estou a abusar, só falta mesmo ir beber um cafezito acompanhado de “cigarros e bilhar”, para ver se aqueço.
Já vi que algo se passa comigo, acreditem estou a escrever frases de autor, mas sem intenção, mas pelos vistos não consigo que saia nada inteiramente meu. Vou parar e vou-vos deixar, afinal de contas só estou a escrever tretas.

“Um abraço deste que tanto vos quer, sou capaz de ir ai pelo Natal”.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Balada da Neve


Como tenho a certeza que muitos de vocês gostam deste poema, mas não sabem quem é o seu autor, aqui vai: “Balada da Neve” de Augusto Gil.




BALADA DA NEVE
Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.
É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...
Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?

Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.
Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria... .

Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!
Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho...
Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança...
E descalcinhos, doridos...
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos, depois,
em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!...
Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!...
E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim,
fica em mim presa.
Cai neve na Natureza .
e cai no meu coração.
Augusto Gil

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Reflexos do Mundo

A chuva que cai molha as cabeças, mas nem por isso refresca o pensamento, essa inquietude que não nos deixa, que nos consome cada momento das nossas vidas. A consciência daquilo que somos, daquilo que queremos e de como o fazemos, mas como é possível viver sem esse peso, sem essa amarra que nos limita, que nos impõe uma condição.
Muitas vezes somos aquilo que a nossa cabeça nos diz, estamos na condição em que pensamos estar, já pensaram que o mundo podia ser isso mesmo, o reflexo da nossa mente. Nada do que vemos é real, é tudo fruto de uma ilusão criada pelas nossas cabecinhas.
Por culpa deste meu louco pensamento é que eu estou aqui feito parvo a escrever, a pesar que há alguém que vai ler estas tretas que estou para aqui a rabiscar, mas será que vocês existem? Ou está tudo dentro da minha cabeça, dentro da minha vida imaginada, na minha realidade (apenas) virtual, onde vocês são os peões com rosto mas sem nome, sem história e inventados.
É bom pensar que nada existe, assim não sofremos, não passamos fome e não necessitamos ostentar os luxos impostos pela nossa sociedade, tudo faz parte de uma criação, onde nada é verdade e tudo é aquilo que pensamos é apenas a nossa exteriorização.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Vale Azevedo enganou o BPN em 2 milhões de Euros, segundo noticiou o “correio da manhã”.
O Alves dos Reis do nosso tempo não poupo o BPN, mas neste caso, não se poderá recorrer ao velho ditado popular:”Ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão”.
Cumprimentos e uma óptima semana.

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1349053

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O Maior Espectáculo do Mundo

É engraçado, actualmente as pessoas já não vão ao circo, dizem que os circos estão vistos, e que o “Maior Espectáculo do Mundo” está nas vias da amargura quase em extinção. Mas será que é verdade? Claro que não.
Esta semana podemos assistir a um magnífico espectáculo circense, no Parlamento Regional da Madeira, onde os deputados se fizeram passar por palhaços (sem ofender a profissão honrada), o mais engraçado é que este circo funciona com o dinheiro de todos nós.
A questão da Madeira e da sua forma de democracia levanta-me muitas questões, as quais não vou elucidar aqui, muito menos hoje, sexta-feira. No entanto não posso deixar de lamentar que se dê “pérolas aos porcos”.
Tenho a certeza que a R.A.M. (Região Autónoma da Madeira) não necessitava de receber fundos do Estado, podia ser independente, tem turismo, tem vinicultura, tem bons portos marítimos, etc.… e agora podia fazer um show na TVI vendendo os direitos sobre os seus debates no parlamento.
É engraçado, afinal o circo não desapareceu, com o efeito da globalização, ele ganhou novas caras e adaptou-se à economia de mercado.



Nota: Caso não tenha ficado satisfeito com o espectáculo não tenha chorado ou rido ou tenha alguma dúvida ou persistência dos sintomas, consulte o seu médico ou farmacêutico.


Bom Fim-de-semana.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Homem ao Homem

No outro dia tive uma conversa com um colega de faculdade, que no passado ano lectivo esteve nos EUA, num programa do tipo “Erasmus”.
Enquanto satisfazia a curiosidade fazendo-lhe perguntas sobre a mais poderosa Nação do Mundo, ia-me apercebendo das suas fragilidades, mas mais importante ainda, é o facto de nós Portugal, Europa, estarmos a seguir o seu mau exemplo.
Todos sabemos que os EUA são a Meca do consumo, do emprego, das oportunidades, das artes e de quase tudo. O que nós não sabemos é que os americanos, cada vez mais, vivem o seu dia a dia sem saberem o amanhã, sem garantias ou até mesmo sem rumo.
O meu colega contou-me que grande parte dos Norte Americanos, nem está interessada em estabelecer laços afectivos, uma vez que não sabem o seu dia a seguir. De manhã vão para o trabalho, almoçam num restaurante e ao jantar já tomam a refeição noutro lado qualquer, tudo isto só para evitar rotinas.
É muito importante olharmos para esse modus vivendis, pois não faz, nem nunca fez parte da nossa cultura, o Português, o Europeu quer sentir-se estável, chegar a casa e encontrar família, ir ao café e beber uma cerveja com as caras conhecidas do costume.
Actualmente, num mundo cada vez mais efémero é muito difícil praticar os velhos costumes, a nossa economia está de rastos e com ela caiem também os bons valores que tanto preservamos.
O homem é um ser sociável, não pode deixar que a economia condicione esse costume, é urgente que sejam tomadas medidas importantes para se devolver o Homem ao Homem.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Las Oscuras Golondrinas.

Volverán las oscuras golondrinas
en tu balcón sus nidos a colgar,
y otra vez con el ala a sus cristales
jugando llamarán.
Pero aquellas que el vuelo refrenaban
tu hermosura y mi dicha a contemplar,
aquellas que aprendieron nuestros nombres…¡
esas… no volverán!.
Volverán las tupidas madreselvas
de tu jardín las tapias a escalar,
y otra vez a la tarde aún más hermosas
sus flores se abrirán.
Pero aquellas, cuajadas de rocío
cuyas gotas mirábamos temblar
y caer como lágrimas del día…
¡esas… no volverán!
Volverán del amor en tus oídos
las palabras ardientes a sonar;
tu corazón de su profundo sueño
tal vez despertará.
Pero mudo y absorto y de rodillas
como se adora a Dios ante su altar,
como yo te he querido…; desengáñate,
¡así… no te querrán!
Gustavo Adolfo Bécquer

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Boas Pessoas


O Expresso publicou esta semana um artigo que nos fala sobre o lançamento do livro autobiográfico de João Hall Themido. Entre outras noticias dos bastidores do plano politico internacional, Hall afirma que os feitos de Aristides de Sousa Mendes não passa de um mito criado por judeus.
Aristides de Sousa Mendes ficou celebre pela sua ajuda aos judeus durante a II Grande Guerra, concedendo mais de 25 mil vistos em passaportes, que permitiu assim poupar estas vidas às mãos dos nazis.
Não sei o que os leitores pensam, mas eu continuo a acreditar em pessoas notáveis, continuo a ter esperança em que há alguém bom com capacidade de fazer a mudança. Neste plano de “homens de honra”, Aristides de Sousa Mendes tem lugar de relance tal como Óscar Schindler e outros tantos heróis que contribuem para tornar o mundo um local mais sustentável.


http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/440770

Boa Semana.