quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Homem ao Homem

No outro dia tive uma conversa com um colega de faculdade, que no passado ano lectivo esteve nos EUA, num programa do tipo “Erasmus”.
Enquanto satisfazia a curiosidade fazendo-lhe perguntas sobre a mais poderosa Nação do Mundo, ia-me apercebendo das suas fragilidades, mas mais importante ainda, é o facto de nós Portugal, Europa, estarmos a seguir o seu mau exemplo.
Todos sabemos que os EUA são a Meca do consumo, do emprego, das oportunidades, das artes e de quase tudo. O que nós não sabemos é que os americanos, cada vez mais, vivem o seu dia a dia sem saberem o amanhã, sem garantias ou até mesmo sem rumo.
O meu colega contou-me que grande parte dos Norte Americanos, nem está interessada em estabelecer laços afectivos, uma vez que não sabem o seu dia a seguir. De manhã vão para o trabalho, almoçam num restaurante e ao jantar já tomam a refeição noutro lado qualquer, tudo isto só para evitar rotinas.
É muito importante olharmos para esse modus vivendis, pois não faz, nem nunca fez parte da nossa cultura, o Português, o Europeu quer sentir-se estável, chegar a casa e encontrar família, ir ao café e beber uma cerveja com as caras conhecidas do costume.
Actualmente, num mundo cada vez mais efémero é muito difícil praticar os velhos costumes, a nossa economia está de rastos e com ela caiem também os bons valores que tanto preservamos.
O homem é um ser sociável, não pode deixar que a economia condicione esse costume, é urgente que sejam tomadas medidas importantes para se devolver o Homem ao Homem.

5 comentários:

Deusa Odoyá disse...

Olá meu novo amigo.
Passei para conhecer seu blog.
Deparei com um assunto muito interessante.
Voltarei mais vezes.
Parabéns , um blog construtivo.

Regina Coeli.

Te aguardo em meu cantinho.

Três horas da manhã disse...

A crise instalada pelo mundo é devido à globalização, acredito que se não tivéssemos tão dependentes uns dos outros talvez a europa pudesse passar um pouco ao lado!

Caso para dizer: maldita globalização!

Três horas da manhã disse...

Boas, gostaria muito de entrar em contacto consigo via e-mail.

Envie-me um mail para meucampomaior@gmail.com sff.

bela lugosi`s dead (F.JSAL) disse...

A globalização tornou-se sufocante numa das suas dimensões, nomeadamente a económica, a partir de finais do século xx/xxi, no entanto existe quem defenda que ela começou muito antes, há 6 séculos com a expansão marítima, como tal, ela não pode ser o bode expiatório de tudo o que de negativo acontece. São as sociedades que atribuem uma cada vez maior importância à economia e não a globalização enquanto processo. Noutros aspectos desta engrenagem, ao decrescer das fronteiras físicas, correspondeu um aumento das barreiras simbólicas e a uma aparente abertura, segui-se um multi-culturalismo sem, todavia, comunicação inter-cultural. Abraço

luis lourenço disse...

Gosto muito desta sua análise, verdaderamente realista, actual e incontornável...partilho no que toca ao modus vivendi do padrão europeu...aparentemente menos livre, não nos deixa tão escravos no Mundo...Bela postagem...sabemos que a liberdade é a melhor ilusão para conquistarmos a nossa felicidade, pois seus limites são inúmeros...

abraços