No outro dia tive uma conversa com um colega de faculdade, que no passado ano lectivo esteve nos EUA, num programa do tipo “Erasmus”.
Enquanto satisfazia a curiosidade fazendo-lhe perguntas sobre a mais poderosa Nação do Mundo, ia-me apercebendo das suas fragilidades, mas mais importante ainda, é o facto de nós Portugal, Europa, estarmos a seguir o seu mau exemplo.
Todos sabemos que os EUA são a Meca do consumo, do emprego, das oportunidades, das artes e de quase tudo. O que nós não sabemos é que os americanos, cada vez mais, vivem o seu dia a dia sem saberem o amanhã, sem garantias ou até mesmo sem rumo.
O meu colega contou-me que grande parte dos Norte Americanos, nem está interessada em estabelecer laços afectivos, uma vez que não sabem o seu dia a seguir. De manhã vão para o trabalho, almoçam num restaurante e ao jantar já tomam a refeição noutro lado qualquer, tudo isto só para evitar rotinas.
É muito importante olharmos para esse modus vivendis, pois não faz, nem nunca fez parte da nossa cultura, o Português, o Europeu quer sentir-se estável, chegar a casa e encontrar família, ir ao café e beber uma cerveja com as caras conhecidas do costume.
Actualmente, num mundo cada vez mais efémero é muito difícil praticar os velhos costumes, a nossa economia está de rastos e com ela caiem também os bons valores que tanto preservamos.
O homem é um ser sociável, não pode deixar que a economia condicione esse costume, é urgente que sejam tomadas medidas importantes para se devolver o Homem ao Homem.
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5 comentários:
Olá meu novo amigo.
Passei para conhecer seu blog.
Deparei com um assunto muito interessante.
Voltarei mais vezes.
Parabéns , um blog construtivo.
Regina Coeli.
Te aguardo em meu cantinho.
A crise instalada pelo mundo é devido à globalização, acredito que se não tivéssemos tão dependentes uns dos outros talvez a europa pudesse passar um pouco ao lado!
Caso para dizer: maldita globalização!
Boas, gostaria muito de entrar em contacto consigo via e-mail.
Envie-me um mail para meucampomaior@gmail.com sff.
A globalização tornou-se sufocante numa das suas dimensões, nomeadamente a económica, a partir de finais do século xx/xxi, no entanto existe quem defenda que ela começou muito antes, há 6 séculos com a expansão marítima, como tal, ela não pode ser o bode expiatório de tudo o que de negativo acontece. São as sociedades que atribuem uma cada vez maior importância à economia e não a globalização enquanto processo. Noutros aspectos desta engrenagem, ao decrescer das fronteiras físicas, correspondeu um aumento das barreiras simbólicas e a uma aparente abertura, segui-se um multi-culturalismo sem, todavia, comunicação inter-cultural. Abraço
Gosto muito desta sua análise, verdaderamente realista, actual e incontornável...partilho no que toca ao modus vivendi do padrão europeu...aparentemente menos livre, não nos deixa tão escravos no Mundo...Bela postagem...sabemos que a liberdade é a melhor ilusão para conquistarmos a nossa felicidade, pois seus limites são inúmeros...
abraços
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