Cantar Alentejano
Zeca Afonso
Zeca Afonso
Cantar Alentejano
Zeca Afonso
Chamava-se Catarina
Zeca Afonso
Chamava-se Catarina
O Alentejo a viu nascer
Serranas viram-na em vida
Baleizao a viu morrer
Ceifeiras na manha fria
Flores na campa lhe vao pôr
Ficou vermelha a campina
Do sangue que entao brotou
Acalma o furor campina
Que o teu pranto nao findou
Quem viu morrer Catarina
Nao perdoa a quem matou
Aquela pomba tao branca
Todos a querem p'ra si
O Alentejo queimado
Ninguém se lembra de ti
Aquela andorinha negra
Bate as asas p'ra voar
O Alentejo esquecido
Inda um dia hás-de cantar
Poema de Vicente Campinas "Cantar Alentejano"
Hoje, o nosso blog presta homenagem a uma grande mulher, que está perpetuada na história recente do nosso país, Catarina Eufémia. Este nome é um dos maiores símbolos da resistência ao regime fascista, que se instaurou em Portugal.
Catarina Efigénia Sabino Eufémia ( Baleizão, 13 de Fevereiro 1928 – Monte do Olival, Baleizão , 19 de Maio de 1954) – Era uma ceifeira portuguesa, mãe de três filhos, que foi assassinada a tiro pelo tenente Carrajola da Guarda Nacional Republicana.
O seu assassinato adveio no seguimento de uma greve de assalariadas rurais, esta encontrava-se com um dos seus filhos ao colo, quando foi atingida mortalmente.
Actualmente Catarina Eufémia é uma das principais fontes inspiradoras para os agrilhoados, retrato dessa realidade é o facto de ter servido de musa inspiradora, para poetas e cantores. O nosso poema de hoje é da autoria de Vicente Campinas, e já foi cantado por outro do mais nobres emblemas da resistência ao regime, Zeca Afonso.
Catarina Efigénia Sabino Eufémia ( Baleizão, 13 de Fevereiro 1928 – Monte do Olival, Baleizão , 19 de Maio de 1954) – Era uma ceifeira portuguesa, mãe de três filhos, que foi assassinada a tiro pelo tenente Carrajola da Guarda Nacional Republicana.
O seu assassinato adveio no seguimento de uma greve de assalariadas rurais, esta encontrava-se com um dos seus filhos ao colo, quando foi atingida mortalmente.
Actualmente Catarina Eufémia é uma das principais fontes inspiradoras para os agrilhoados, retrato dessa realidade é o facto de ter servido de musa inspiradora, para poetas e cantores. O nosso poema de hoje é da autoria de Vicente Campinas, e já foi cantado por outro do mais nobres emblemas da resistência ao regime, Zeca Afonso.
4 comentários:
É um grande símbolo da luta por melhores condições dos mais desfavorecidos.
Um símbolo do povo, que todos recordamos e reconhecemos. Acho uma homenagem justa.
À LUTA!!!
Um grande símbolo para todos os Portugueses e um exemplo a seguir ainda hoje por muitos.
Há figuras que persistem para além da materialidade histórica e da sucessão dialéctica de acontecimentos e factos que os constituêm, são os sujeitos inovadores que ousam, no seu tempo, ir mais além.
É um símbolo da luta dos camponeses alentejanos, marcados pela miséria que estava associada à terrível economia latifundiária.
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