segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Pometeu Agrilhoado

“Prometeu, em mitologia grega, (em grego, Προμηθεύς — "premeditação") é um titã grego, filho do titã Jápeto e de Ásia, também chamada de Clímene, (filha de Oceanus) (segundo alguns autores, sua mãe seria Témis) e irmão de Atlas, Epimeteu e Menoécio.”


Hoje trouxe a este espaço, uma das figuras da mitologia grega, que eu mais aprecio, o Prometeu.
Este titã foi incumbido de supervisionar o seu irmão, que tinha a tarefa de criar todos os animais e todos os seres humanos do mundo. Enquanto a uns dava a força, a outros dava a coragem, a uns dava garras e a outros dava cornos, assim os foi criando.
No entanto uma condição teria de ser respeitada, o Homem teria de ser o mais bem dotado, de tal maneira que pudesse domina-los todos.
Epimeteu após ter criado todos os animais, já não possuía mais recurso, assim não poderia criar o Homem. Foi então que Prometeu, junto com Minerva, decidiram roubar o fogo aos Deuses, todavia o fogo era exclusivo deles.
Prometeu foi castigado por Zeus, seria agrilhoado no Cáucaso por Hefesto, e todos os dias um abutre ou uma águia, comeriam um pedaço do seu fígado, dada a sua imortalidade o seu fígado regenerava-se e Prometeu teria um castigo por 30.000 anos.
Prometeu foi libertado por Hércules, que após ter concluído os seus 12 trabalhos dedicou-se a aventuras, mas no lugar dele, deveria ficar o Centauro Quìron, era uma exigência para que fosse libertado.

A peça de treatro foi primeiramente encenada por Ésquilo no século V a.C. dando a perspectiva clássica ao mito, por sua vez outros autores lhe seguiram, entre eles Franz Kafka e E.Miller, estes autores acrescentaram algo à trágica história do titã.
Prometeu personifica a ousadia, o fogo símbolo do conhecimento foi roubado aos deuses e dado aos humanos. O conhecimento é o que nos distingue, saber ajuizar e tomar decisões conscientes torna-nos singulares.
Tenho pena de não haver por esse “mundo foram uns quantos Prometeus”.

"Encobre o teu Céu ó Zeus
com nebuloso véu e,
semelhante ao jovem que gosta
de recolher cardos
retira-te para os altos do carvalho ereto
Mas deixa que eu desfrute a Terra,
que é minha, tanto quanto esta cabana
que habito e que não é obra tua
e também minha lareira que,
quando arde, sua labareda me doura.
Tu me invejas!
(...)
Eu honrar a ti? Por quê?
Livraste a carga do abatido?
Enxugaste por acaso a lágrima do triste?
(...)
Por acaso imaginaste, num delírio,
que eu iria odiar a vida e retirar-me para o ermo
por alguns dos meus sonhos se haverem
frustrado?
Pois não: aqui me tens
e homens farei segundo minha própria imagem:
homens que logo serão meus iguais
que irão padecer e chorar, gozar e sofrer
e, mesmo que forem parias,
não se renderão a ti como eu fiz"


Goethe Prometheus 1774.

1 comentário:

JPS disse...

Boas,
Essas histórias da mitologia são sempre bem interessante. Mais interessante ainda quando fazemos pontes com as nossas histórias bíblicas. Assim, não pude evitar a comparação entre o fogo do Olimpo (conhecimento) e a maçã de Adão e Eva. Temos também o respectivo castigo e depois o salvador: Hércules para uns e Jesus para outros. Já tinha ficado boquiaberto com as similitudes entre o semi-deus grego e o cristo. Mais convencido fico agora que todas as "religiões" vão beber numa fonte única.