quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Crise


Numa das muitas incursões que faço, a alguns dos meus blogs favoritos, tive a oportunidade de me deparar com este fantastico texto que nos fala sobre a crise. O seu autor satiriza a crise com bastante inteligencia e sentido de humor.
Henrik, o autor do texto, é um bloguista que possui um óptimo espaço (PKINSTANTES), onde eu sou frequentador e o qual aconselho. Deixo-lhe aqui um abraço e muito obrigado pela concessão do texto.




«and now for something completely different»Monty Python.


Estamos em crise. Deve ser a milionésima vez que ouço isto hoje, estamos em crise. Curioso, não me recordo de ouvir outra coisa que não essa desde que me vejo como gente. Não sei se já ouviram, se alguém vos disse, mas: estamos em crise. Estamos em crise de estarmos sempre em crise de estarmos sempre em vias de decidir algo (que é o significado da palavra crise) para no final concluirmos que estamos em crise (já repararam que quando repetem muitas vezes a mesma palavra - no caso, para que não haja dúvidas, é a palavra crise - essa mesma parece apenas um fonema desprovido de sentido?).Não sei ainda por que razão incomoda isto aos portugueses. Serei só eu a sentir que é nisto que somos especialistas? Desde a fundação do condado portucalense que estamos em crise, eu até estou desconfiado que os gregos definiram a palavra a pensar em nós. Sócrates (o grego) terá dito «só sei que nada sei» ao que terá acrescentado «mas sei que Portugal estará em crise especialmente depois de Karistheas lhes enfiar com a bola na baliza em 2004». Eu ainda hei-de de demonstrar que na realidade a tragédia grega foi invenção portuguesa. Camões inventou-a, explicou-a ao Gil Vicente que tinha contactos com o Rei Artur que por sua vez era amigo de Afonso Henriques, para quem não saiba Afonso Henriques era pugilista de um 1, 50 m que venceu o Cassius Clay pela nona vez em 1143 (cuja famosa claque é a do sporting clube de Portugal) o intrépido imperador da fadolândia fundando assim uma colónia a que se veio a dar o nome de Portugal. Quando se apercebeu do tremendo erro que era essa coisa chamada Portugal tentou oferece-la aos espanhóis que declinaram porque já tinham demasiados fungos com que lidar, em particular Lloret del Mar. Sendo assim encarregaram Pêro Vaz de Caminha de encarregar Cavaco Silva de dizer a D. Sebastião que afinal não estava a combater pela Grã-Bretanha mas antes por um pequeno pedaço de terra à beira-mar plantado, o resultado é conhecido: D. Sebastião, que era primo de Vlad o impalador, desapareceu na bruma e voltou para a Transilvânia onde se sentia menos em crise. As consequências foram trágicas: apareceu Santana Lopes e Manuela Ferreira Leite e a selecção de futebol nunca ganhará um título internacional de jeito (nomeadamente um Europeu ou um imaginário mundial). Por falar em títulos, se houvesse uma manchete com esta história relatada se calhar lia mais jornais.

3 comentários:

Três horas da manhã disse...

O autor do texto tem toda a razão, estamos em crise faz muito tempo...ou melhor desde sempre.
A palavra crise serve de justificação de muitos maus hábitos no caso dos cidadãos e no caso dos governates para justificar resultados menos bons em termos económicos.
Por acaso, esta veio mesmo a calhar para o Sr. Sócrates, o qual vai ter uma desculpa de peso, a CRISE!

Henrik disse...

Em crise esteve ontem o Futebol Clube do porto...eu sinceramente ainda não entendi esta especulação toda pois sempre que se sai de uma crise entra-se noutra. A questão então é a seguinte: estaremos nós em crise ou afinal isto das crises é consistente com o que a história relatada nos tem dito, a saber: que a um bom período económico se segue um mau. Afinal talvez Marx não fosse nada parvo...eu nunca o achei...talvez em breve se abra os olhos de novo para isso...
P.S. Zé não pode elogiar tanto assim aqui o escriba que eu cá não quero soberbas para o meu lado. LOL.
Um enorme abraço e muito agradecido.
P.S. 2. não faço a mínima ideia de quem escreveu esse texto mas é um autor brilhante, não acham? lol (isto sim foi a soberba...=O])

Anónimo disse...

Boa noite
Não haja duvida que o autor fez um bom trabalho, até a parte mais engraçada é a que não se aplica ao actual Socrates, "Só sei que que não sei" porque ele sabe.
O Socrates (Grego) é que podia ter adiantado que a crise seria mais acentuada quando um governante seu homónimo estivesse em algum governo. O nome Socrates era banido dos nomes Portugueses.
Fiquem bem e divirtam-se.