Por "Entre os dedos" não vi um bom filme

Ontem quando me preparava para degustar sofregamente mais uma jóia (pensava eu) do cinema português, no festival de que já vos falei anteriormente, sucumbi. Sucumbi à fraca qualidade do som, ao meu cansaço que em muito ficou a dever-se à falta de diálogos da película.
Fugi, nunca me tinha acontecido sair de um filme muito menos quando apenas levavam decorridos 10 minutos, não consegui entender um português escasso em palavras distorcidas pela má qualidade áudio da fita, simplesmente o som saia abafado como se todos os actores representassem com a boca cheia.
Nem todos os filmes podem ser bons… claro que o nosso cinema não é excepção, ficando muitas vezes nos calcanhares dos nossos ideais. Sempre que vejo um filme português que não me agrada procuro o motivo; tenho por isso em consideração algumas falhas decorrentes da produção, como por exemplo os diálogos, podem ser fracos, ou o argumento pode não fazer sentido, pode mesmo haver erros cronológicos no filme, maus actores, má banda sonora, etc, etc, etc… mas nunca poderá haver um filme com um som imperceptível e com actores com péssima pronuncia, isso não.
O filme em causa nem me deu oportunidade de desvela-lo, o argumento parecia-me bom, pena não poder chegar ao fim.
Bom fim-de-semana.


Nota:O filme em questão é “Entre os dedos” de Tiago Guedes e Frederico Serra.