quarta-feira, 8 de abril de 2009

Tenho tudo menos razão

O ser humano vive cada momento da sua vida numa ambiguidade, numa luta constante entre duas ou mais opções, entre duas ou mais opiniões, entre duas ou mais decisões, esta dualidade anula completamente uma verdade absoluta – uma escolha certa ou errada.
Ora vejamos a religião, se por um lado nos concede a fé e a vida eterna, por outro lado exige-nos o sacrifício, a mortificação, a castidade, a prisão de toda a liberdade, e tudo porque nos oferece uma verdade eterna, algo inquestionável - mentira, a verdade está na vida e na certeza de um fim.
Se observamos as coisas que nos envolvem e nos rodeiam, facilmente tomamos conta de que tudo o que se passa e assumimos como verdade, na realidade não passa de uma mentira grosseira e falsa, podemos assemelha-la a uma bola de neve que vai crescendo e à medida que rola, cresce mais e mais.
A Razão é a coisa mais leviana que podemos conhecer, ou não fosse ela criada pelo homem, tecendo-a e moldando-a através das suas considerações e dos seus juízos, na maior parte das vezes acabando escrava de doutrinas religiosas e cativa daquele homem que lhe acrescentou um ponto, serva das sociedades com o único propósito de estabelecer a ordem no mundo.

2 comentários:

Anónimo disse...

Curioso, ao ver o filme Second Life na sexta-feira passada, tive um momento de reflexão muito parecido com este. Boa Páscoa.

Sombra de Anja disse...

O tempo colhe tempestades que teima em queimar na memória.
O ser humano luta contra si mesmo numa tentativa absurda de querer aprisionar o ar...o ar do tempo, das ondas, de um pestanejar.
Usa a razão como desculpa por ter ido para a direita em vez da esquerda e fica preso em condicionalismos sociais e cafriais.
Eu uso pedaços de mim para viver...respeito o tempo e deixo livre o ar.

Gostei daqui...é terra!

Bjs