terça-feira, 1 de setembro de 2009

O Final do Amor É...

O pior do fim do amor é o nada,
O estranhar aquilo que conhecíamos,
Uma música que parou, uma porta fechada.
Uma salada fresca regada com saudades.
É um olhar distante da realidade,
Um pulsar que corrói por dentro, novas verdades…
Coisas que existiam, coisas que não se viam,
Outras que passaram ao jeito de navio,
É andar para frente sem olhar para trás,
É voltar aos meandros, aos mesmos bares,
Apertar as mesmas mãos, beijar as mesmas caras,
Andar à deriva procurando novos mares,
É aspirar o pó das estrelas… e viajar…
Morrer primeiro para depois ressuscitar.
O final do amor é tempestade, o mundo que cai,
Uma espada que fere uma pássaro que já lá vai,
O sol que se esconde, a noite sem estrelas,
Uma garrafa de vinho, um cigarro no chão.
É sofrer em pensamentos, penar a cada momento,
É chicotear as recordações, desfoca-las,
Torna-las tão más até conseguir borra-las.
O pior do final do amor são os poemas…
Escritos a cada momento, sem vento nem sombra,
Sempre a falarem dos mesmos temas.

3 comentários:

Anónimo disse...

one flame for you

Anónimo disse...

Tem razão amigo Camões
mas o final do amor tambem tem coisas boas
sim coisas boas, uma porta que se abre a novos horizontes a novas perspectivas e a novos prazeres.
o desfrutar duma liberdade que não se tinha e que por vezes é mto importante.
felicidades

quem ja devia estar a dormir disse...

"Torna-las tão más até conseguir borra-las"...

Desconheço quem ensinou ao homem esta forma de esquecer, mas infelizmente ficou-se-nos apegada na maneira de agir..e sobreviver.

Talvez por ser a mais eficaz a curto prazo, mas estupidamente acabamos por distorcer e por vezes aniquilar momentos que foram bons, que nos ensinaram e que por isso fazem parte de nós.