quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Medusa


A Medusa, juntamente com as suas irmãs, era portadora de uma enorme beleza, no entanto a Deusa Afrodite cansada da vida debochada que levavam as irmãs, decidiu castiga-las, transformando-as em monstros e dando-lhes serpentes em vez de cabelos, presas pontiagudas, mãos de bronze, asas de ouro, e o seu olhar petrificava quem olhasse directamente para os seus olhos.
Perseu foi encarregado com a difícil tarefa de matar Medusa, cortando-lhe a cabeça, no entanto esta árdua tarefa só era possível se este possuísse alguns utensílios mágicos, tais como: um alforge, um par de sandálias aladas, que lhe permitiam elevar-se como uma pena e escapar velozmente dos monstros, um escudo de bronze bem polido cujo reflexo neutralizava o olhar petrificante das irmãs de Medusa e um capacete que, uma vez colocado, o convertia numa figura invisível.
De todos os objectos utilizados por Perseu, o escudo é talvez o mais simbólico da morte de medusa, pois é lá que está espelhada esta no seu último momento.
Vários pintores tentaram imortalizar a ocasião, mas quanto a mim Michelangelo Merisi da Caravaggio foi quem conseguiu mais notoriedade.

Medusa
Caravaggio, 1597
Oil on canvas mounted on wood
60 × 55 cm
Uffizi, Florence

1 comentário:

Henrik disse...

E medusa prolongou-se no tempo como alegoria violenta do pretenso perigo da beleza feminil. Transformando a beleza hipnótica num horror de morte (literal). Sem dúvida que os gregos eram poderosos nas metáforas.