terça-feira, 26 de maio de 2009
Palmas para a Palma.
É cedo para falarmos em bom realizador mas pode ser que não percamos tempo em esperar por ele, João Salaviza, estudante de cinema no conservatório, é segundo a critica merecedor da Palma em Cannes pela sua curta-metragem “Arena”.
Quanto a mim que sou optimista vou esperar por um novo trabalho deste jovem, saber como será a sua primeira longa-metragem aliás as curtas-metragens acabam por nos cingir a uma pequena amostra, apesar de já ter visto curtas bastante boas, tão boas que ficamos com vontade que continuem, no entanto não têm ainda o bom sabor de um filme mais extenso.
É necessário em Portugal um cinema que não tente recriar o western americano, é urgente haver cinema de autor simples e ao nosso jeito, coisas compreensíveis que consigam chegar a um grande público, cinema que nos deixe orgulhosos das nossas histórias e dos nosso escritores/argumentistas.
Desta Loja de Conveniência deixamos uma mensagem de felicitações ao João Salaviza.
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10 comentários:
Fenómeno interessante, este de serem os festivais internacionais a ditar que material português vai ser visto em portugal.
Os festivais reconhecem o melhor daquilo que neles participa, é justo que sejam eles os melhores conselheiros dos espectadores...não achas?
Concordo contigo amigo Camões,é uma maneira de se conseguir divulgar o que cá se faz, para os que cá estão.
senão... o povo tuga nem conhece metade das realizações produzidas neste recanto do mundo.
abraços
Não concordo, acho que isso é uma visão-remendo. Falta-nos o Hábito de acolher os nossos trabalhos! Nem tudo o que é bom é mostrado em festivais, e tb não é só com o bom que se aprende, e o bom - desculpem, n sou esteta nem cinéfila, mas cá tenho os meus gostos artísticos - qs nunca é consensual. Antes de tudo, faltam-nos estrutura e confiança nas nossas produções, p/que as coisas circulem pelo público geral, independentemente destes prémios. Os prémios são óptimos, mas são óptimos depois.
Camões, n estava a falar de espectadores informados e com acesso fácil à cultura.
Estava a pensar nos programadores culturais por esse país fora, q raramente acolhem materiais portugueses, a menos q já tenham algum carimbo de qualidade estrangeiro.
"senão... o povo tuga nem conhece metade das realizações produzidas neste recanto do mundo." (Aryeh) É DESTE PROBLEMA QUE FALO! o povo tuga depende da mão generosa dos senhores da qualidade para saber o que vale.. grr
Minha cara Ágil,
Não digo que tenhamos de ser reconhecidos internacionalmente para sabermos aquilo que valemos mas para o realizador, para o jogador de ténis, para a selecção e blá, blá, blá, é importante para lá dos valores económicos, a gratificação.
O prémio não visa apontar-nos aquilo que é bom ou mau, antes pelo contrario, é uma forma generosa de aplaudir alguém que por qualquer razão se distinguiu, no entanto essa distinção é subjectiva pois é atribuída por um júri singular ou colectivo, que tem a sua opinião. Nalguns dos casos a opinião do júri pode não ser igual à minha ou à sua, daí reservamo-nos ao direito de criticar segundo a nossa óptica.
Agora não digas que não é importante veres o teu esforço completado com um 20 valores num exame, pois apesar de estares consciente das tuas capacidades, não tem o mesmo sabor que um 11 ou que um 10. Concordas?
Sim, Zé Camões, sim. (Não fui agressiva, qt mt fui rabugenta. (9h32...) x)
Eu não desconsidero o prémio! Bolas, cannesfest! \o/ Só acho que estamos demasiado dependentes dele(s) para acolher o nosso material artístico.
(A comparação que fizeste com o desporto pode não ser a melhor; aí o reconhecimento depende directamente da competição.)
Provavelmente nunca teria ouvido falar da curta se não fosse isto, percebes? Eu e muita gente. Imagino qta coisa não fica perdida por aí...
"O prémio não visa apontar-nos aquilo que é bom ou mau" sim, claro, não dita modas nenhuumaaas.. :P
uuuiii, que optimista ! O cinema que chega ao grande publico muito raramente ganha premios, nem em Cannes nem noutro sitio :))
cinema pt independente? grande público? ...
O país é fraco. O país é moda.
Ama-se Mariza porque ganhou prémios lá fora e tem uma enorme máquina por trás dela, como fadista é comercial não é a melhor mas é a maior. Nada contra, nem gosto de fado.
Lê-se Inês Pedrosa porque está na moda porque a senhora é do governo e tem poder e fica bem dizer-se que se lê Inês Pedrosa...back to romance de cordel..mas não como antigamente em que o romance de cordel tinha alguma qualidade.Nada contra. Só leio Paulo Coelho.
Vê-se O crime do Padre Amaro, mas nunca se leu a obra do Eças. Nem de nada, nem de ninguém. Mas vê-se. Tem lá a Soraia né eles gostam.
Salavisa? Não vi. Não critico nem elogio. Ou é bom e espero que vingue. Ou é mau e vai entrar na moda.
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